A pequena DOCG Carmignano fica ao norte da região do Chianti, e possui varias curiosidades: ali se produzem vinhos desde a época dos romanos, e variedades francesas foram introduzidas a partir de 1500.

Cosimo III de Medici, o Grande Duque da Toscana, citou o Carmignano como uma das 4 áreas produtoras de vinhos de qualidade superior em toda a Toscana.

Hoje, 4 séculos após ser reconhecida como região produtora, a Cidade de Carmignano usa regularmente as variedades francesas Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc em seus tintos baseados em Sangiovese.

Apesar de produzir apenas 360.000 garrafas de vinho por ano, com 110 hectares de vinhedos, Carmignano tem um sólido mercado internacional, graças à sua história de qualidade.

Os Sangiovese aqui produzidos são mais escuros que os Chiantis, o que se explica pelo clima da região, localizada nos Apeninos em altitude mais elevada, onde se verificam maiores variações de temperatura e maior índice de luz ultravioleta, levando à formação de taninos mais maduros e um alto nível de polifenóis nas cascas.

A pequena cidade de Carmignano (foto Consorzio Carmignano)

Carmignano foi incorporada à denominação Chianti Montalbano em 1932, até seu reconhecimento como DOC autônoma em 1975, graças aos esforços do Conde Ugo Contini Bonacossi, proprietário da vinícola Capezzana.

Em 1990 veio a elevação a DOCG.

Para a elaboração, os vinhos devem ter um mínimo de 50% de Sangiovese, com adição de 10 a 20% de Cabernet Sauvignon ou Cabernet Franc.

A maturação em barricas exigida é de 2 anos para os tintos básicos e 3 anos para os Riserva.

Outras uvas nativas podem ser usadas, como Canaiolo Nero, Mammolo, Colorino, Trebbiano e Malvasia, em pequenas quantidades. Atualmente o Consorzio estuda a substituição dessas por Merlot e Syrah.

A partir dessa longa tradição do uso das Cabernets, o consenso geral é´que os blends de Cabernet Sauvignon possuem maior estruturas e taninos, sendo indicados para guarda e evolução, e os blends de Cabernet Franc são mais leves, menos longevos e mostram um estilo mais especiado.

Além dos famosos tintos, existe a DOC Barco Reale di Carmignano de rosés e também a DOC Vinsanto di Carmignano.

Desde o final da Época Etrusca e início do Império Romano já se produziam vinhos em Carmignano, como comprovam os achados de recipientes de vinho em tumbas etruscas de anotações do Imperador César entre 60 e 50 a.C, citando uma localidade entre os rios Arno e Ombrone onde se plantavam vinhedos.

Nos arquivos de estado de Florença foi localizado um pergaminho datado de 804 d.C onde consta um contrato de aluguel de terras para cultivo de vinhas e oliveiras, há 1200 anos.

Existem registros comerciais de venda do vinho de Carmignano datados de 1200 e 1300, para cantinas de restauração.

Inoltre Carmignano può essere orgogliosa di essere stata scelta dal Granduca Cosimo III de’Medici (nel 1716), come una delle 4 zone a vocazione viticola del Granducato di Toscana. Il “Decreto Motu proprio” ed il “Bando” difatti regolamentavano con norme precise la produzione, i limiti geografici, il commercio dei vini prodotti in tali aree, costituendo la prima “doc” esistente al mondo.

Alla fine del 1800 e nei primi anni del 1900 la cantina dell’azienda del Marchese Niccolini produceva ed esportava il Carmignano.