Carlos José Arruda
Professor








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Toscana Toscana - Chianti DOCG
Localização

Chianti é denominação da região da Toscana.

Mapa vinícola da região do Chianti (imagem Chianti Classico)

Mapa vinícola da região do Chianti (imagem Chianti Classico)

Vinhos da Denominação do Chianti DOCG

Evoluindo ao longo do tempo, a região consolidou seu vinho como um grande produto nacional, com personalidade marcante e características inconfundíveis, dividido em quatro categorias distintas, em uma pirâmide de qualidade.

Chianti DOCG

A Denominação básica da região foi elevada a DOCG em 1967, e se refere aos vinhos produzidos nas sub-zonas de Chianti Colli Aretini, Chianti Colli Fiorentini, Chianti Colli Senesi, Chianti Colline Pisane, Chianti Montalbano, Chianti Montespertoli e Chianti Rufina. Os vinhos podem ter simplesmente a menção Chianti, se usarem uvas de diferentes origens, ou adotar uma dessas denominações baseado na localização dos seus vinhedos.

A principal uva utilizada é a Sangiovese, num mínimo de 70% (75% no Colli Senesi) e opcionalmente outras das uvas tintas e brancas autorizadas para complemento, inclusive provenientes de outras localizações na Toscana. Uvas brancas não podem ter mais de 10%. Cabernets não podem somar mais de 10%.

Na elaboração, o Chianti deve ter maturação em botte mínima de 6 meses e em garrafa por mais 4 meses.

O Chianti é um vinho vermelho rubi que tende ao granada com o tempo. Aromas vinosos, de frutas vermelhas amargas, com especiarias e notas terrosas.

Quando jovem é vivo, tânico e algo rústico, com acidez nítida e ligeiro açúcar residual.

Com o tempo o vinho se arredonda, ganha maciez e equilíbrio.

É um tinto bem adaptado para a mesa, acompanhando massas com molhos vermelhos, carnes brancas grelhadas, pizzas e antipastos em geral.

Chianti Riserva DOCG

No caso do Riserva, a maturação mínima é de 24 meses.

Com mais corpo e maciez, o Riserva pode ser um vinho de maior estrutura, conforme o produtor.

Chianti Classico DOCG (Annata)

As regras de produção exigem um mínimo de 80% de Sangiovese, variedade típica da zona. Outras variedades locais, como Canaiolo e Colorino, podem ser usadas até um máximo de 20%. As internacionais Cabernet Sauvignon e Merlot tambám são autorizadas como auxiliares.

O vinho deve passar por maturação mínima de 12 meses em bottes de carvalho.

É um vinho de bom corpo, de cor média a intensa, vermelho-granada que se atenua com a idade. tem teor alcoólico médio-alto e acidez característica. A temperatura ideal de serviço fica entre 16º e 18º e deve ser decantado antes de bebê-lo em taças tulipa de bom tamanho.

Acompanha perfeitamente carnes grelhadas, caças de pelo ou de penas, assados suculentos, e queijos maduros. Por sua acidez nítida e taninos médios faz também boa presença com pratos da cozinha chinesa ou indiana.

Chianti Classico Riserva DOCG

Essa versão exige que o vinho passe por maturação mínima de 24 meses em bottes de carvalho e depois mínimo de 3 meses em cave após engarrafado.

Chianti Classico Gran Selezione DOCG

Por decisão dos 600 produtores do Consorzio, um novo tipo de Chianti foi criado. O Gran Selezione vem abrir espaço para produtos superpremium da região que estavam sendo comercializados como os chamados Supertoscanos, geralmente classificados como IGT. Em suma, a região mostrou maior potencial com o uso de técnicas modernas de vitivinicultura e essa evolução, que ganhou muito mercado, agora é oficial. os preços são altos, a qualidade também.

Espera-se que esse tipo venha a representar 10% do volume da produção do Chianti Classico.

O Gran Selezione deve ser produzido com uvas de um único vinhedo ou uma seleção das melhores uvas da propriedade. A maturação mínima é de 30 meses em carvalho e depois um afinamento de 3 meses em garrafa.

O Gran Selezione exalta as características da Sangiovese, em um conjunto importante de estrutura, que graças à maturação e afinamento atinge equilíbrio e harmonia superiores, profundidade gustativa e grande complexidade aromática.

Na boca é um vinho que reune uma grandeza de fruta com extensas nuances típicas do potencial de evolução da Sangiovese.

Cave de Chianti com as tradicionais `bottes´ de carvalho Eslavônio

Cave de Chianti com as tradicionais `bottes´ de carvalho Eslavônio

Principais Variedades de Uvas Tintas

Sangiovese
Canaiolo
Colorino
Cabernet Sauvignon
Cabernet Franc
Merlot

Geografia e Clima

Sempre houve uma confusão entre as DOCG Chianti Classico e Chianti: Apesar da distinção em termos de vinho, historicamente sempre foi uma única região.

É importante diferenciar essas denominações, pois elas têm conjuntos diferentes de regras, zonas de produção e consórcios reguladores.

As características do clima, do solo e da altitude, que seriam desfavoráveis para muitas culturas, fizeram dessa região um território excelente para vinhos premium.

Vista das colinas da região do Chianti (imagem Chianti Classico)

Vista das colinas da região do Chianti (imagem Chianti Classico)

O Chianti Classico
Mapa da DOCG Chianti Classico (imagem Chianti Classico)

Mapa da DOCG Chianti Classico (imagem Chianti Classico)

Dentro da hoje ampla área da DOCG Chianti existe outra, o Chianti Chlassico. Essa área corresponde à antiga região produtora de Chianti, séculos atrás, que foi reclassificada devido às suas características históricas e de qualidade.

As capitais do Chianti Classico são Siena e Florença, e a denominação ocupa territórios nas 2 províncias.

A zona ocupa 71800 hectares, divididos entre as cidades de Castellina in Chianti, Gaiole in Chianti, Greve in Chianti e Radda in Chianti, e partes de Barberino Val d’Elsa, Castelnuovo Berardenga, Poggibonsi, San Casciano Val di Pesa e Tavarnelle Val di Pesa.

As características do clima, do solo e da altitude, que seriam desfavoráveis para muitas culturas, fizeram dessa região um território excelente para vinhos premium.

Vinhedos alternando com oliveiras são uma característica dessa paisagem, onde 7200 hectares de vinhedo estão registrados para a produção oficial, fazendo dessa uma das mais importantes denominações italianas

História

Cosimo III, Grande Duque da Toscana delimitou oficialmente a zona de produção do Chianti em 1716, protegendo a origem do vinho já tão famoso.

No século 20, graças ao sucesso crescente do Chianti, a região não suportava mais a demanda, então a produção ultrapassou os limites demarcados, surgindo os vinhos `estilo-Chianti´, com qualidade variável, que aviltaram a percepção da região.

Em 1924 os produtores da zona original fundaram um consórcio para administrar o vinho típico e sua marca, escolhendo o Galo Nero, símbolo histórico do Regimento Militar local, como sua marca. Uma lenda local explica a fama heróica do galinho.

Um decreto ministerial de 1932 criou a distinção entre a zona original e a zona mais ampla, inserindo a palavra Classico, que só pode ser usada pelos produtores e vinhos localizados dentro da demarcação original de 1716. O mapa mostra essas zonas.

Mais informações no site:

Internet www.chianticlassico.com
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