Piemonte é uma sub-região da região do Noroeste da Itália.
O Piemonte, localizado ao sul do Valle d’Aosta, é a maior e a mais conhecida região vinícola do noroeste da Itália e Turim é a sua principal cidade:
Grande parte da sua fama deve-se ao brilho do Barolo, sem dúvida, um dos grandes vinhos do mundo, mas o Piemonte é na verdade um espetacular celeiro de grandes vinhos, além de produzir uma ampla variedade de vinhos não tão famosos, mas personalidade marcada e bom nível de qualidade.
A região vinícola do Piemonte possui 61 denominações:
Alba (DOC)
Albugnano (DOC)
Alta Langa (DOCG)
Asti (DOCG)
Barbaresco (DOCG)
Barbera d’Alba (DOC)
Barbera d’Asti (DOCG)
Barbera del Monferrato (DOC)
Barbera del Monferrato Superiore (DOCG)
Barolo (DOCG)
Boca (DOC)
Brachetto d’Acqui (DOCG)
Bramaterra (DOC)
Calosso (DOC)
Canavese (DOC)
Carema (DOC)
Cisterna d’Asti (DOC)
Colli Tortonesi (DOC)
Collina Torinese (DOC)
Colline Novaresi (DOC)
Colline Saluzzesi (DOC)
Cortese dell’Alto Monferrato (DOC)
Coste della Sesia (DOC)
Dogliani (DOCG)
Dolcetto d’Acqui (DOC)
Dolcetto d’Alba (DOC)
Dolcetto d’Asti (DOC)
Dolcetto delle Langhe Monregalesi (DOC)
Dolcetto di Diano d’Alba (DOCG)
Dolcetto di Dogliani (DOC)
Dolcetto di Ovada (DOC)
Dolcetto di Ovada Superiore (DOCG)
Erbaluce di Caluso (DOCG)
Fara (DOC)
Freisa d’Asti (DOC)
Freisa di Chieri (DOC)
Gabiano (DOC)
Gattinara (DOCG)
Gavi (DOCG)
Ghemme (DOCG)
Grignolino d’Asti (DOC)
Grignolino del Monferrato Casalese (DOC)
Langhe (DOC)
Lessona (DOC)
Loazzolo (DOC)
Malvasia di Casorzo d’Asti (DOC)
Malvasia di Castelnuovo Don Bosco (DOC)
Monferrato (DOC)
Nebbiolo d’Alba (DOC)
Nizza (DOCG)
Piemonte (DOC)
Pinerolese (DOC)
Roero (DOCG)
Rubino di Cantavenna (DOC)
Ruchè di Castagnole Monferrato (DOCG)
Sizzano (DOC)
Strevi (DOC)
Terre Alfieri (DOC)
Valli Ossolane (DOC)
Valsusa (DOC)
Verduno Pelaverga (DOC)
Mapa vinícola do Piemonte
• O Barolo é proveniente de uma pequena região em torno da cidade que lhe empresta o nome. O vinho, bastante estruturado, complexo e de longa guarda, é feito com 100% da uva Nebbiolo e envelhece pelo menos três anos na vinícola, (os Riserva devem envelhecer no mínimo cinco anos).
• O Barbaresco também é feito com a uva Nebbiolo, envelhece apenas dois anos na vinícola (um ano em madeira). Mesmo sendo menos complexo, menos longevo e menos famoso do que o Barolo, o Barbaresco de alguns produtores é de excelente nível.
• O Gattinara, outro grande vinho de longa guarda do Piemonte, é produzido com a Nebbiolo (90%) e Bonarda (10%).
• O Asti ou Asti Spumante, elaborado com a uva Moscato, é um vinho espumante adocicado, de baixo teor alcoólico, muito exportado. Ao contrário do Champagne, que utiliza o método tradicional Champenoise (com segunda fermentação na garrafa), e de outros espumantes que utilizam o método Charmat (com segunda fermentação em tanques de aço inox), a produção do Asti é feita mediante uma única fermentação em tanques com retenção do gás carbônico liberado. A fermentação é interrompida por resfriamento, o teor de álcool é baixo (7-9º C) e açúcar natural permanece.
• O Moscato d’Asti é um vinho doce de sobremesa, semelhante ao Asti Spumante, porém com teor alcoólico mais baixo (5 a 6 o GL) e menor teor de gás carbônico que o torna apenas frizzante.
• O Barbera é produzido com a uva de mesmo nome e possui o mínimo de 11,5 o GL de álcool, e envelhece pelo menos um ano em madeira (o Superiore, três anos). É menos complexo e menos longevo do que os anteriores. A DOC mais respeitada é o Barbera d’Alba.
• O Dolcetto, elaborado com a uva de mesmo nome, pode ser proveniente de sete DOCs, sendo Dolcetto d’Alba a melhor delas. É um vinho é um vinho frutado, de pouca acidez e estrutura, e não se presta à guarda, devendo ser bebido jovem. É um vinho seco, não devendo-se confundir o nome da uva com o termo Dolce (doce).
• O Gavi ou Cortese de Gavi é o vinho branco de destaque no Piemonte, elaborado com a uva Cortese, pouco alcoólico e de alta acidez, também o branco seco de boa qualidade, o Arneis, também chamado Roero Arneis ou Arneis de Roero, elaborado com uva do mesmo nome.
• Entre os menos exportados, convém citar os vinhos tintos Bramaterra, Boca, Carema, Fara, Ghemme e Nebbiolo d’Alba, todos também elaborados com a uva Nebbiolo, porém menos complexos do que o Barolo e o Barbaresco ; o Freisa d’Asti, um tinto bem estruturado e feito a partir da uva Freisa, autóctone na região; o Grignolino, feito com a uva de mesmo nome.
A neblina (nebbia) matinal característica da região do Piemonte deu nome à uva Nebbiolo
Barbera, Bonarda, Brachetto, Dolcetto, Grignolino, Nebbiolo, Neretta (ou Neretto) e Vespolina
Arneis, Chardonnay, Cortese, Erbaluce, Favorita, Freisa, Malvasia di Schierano (ou di Casorzo) e Moscato Bianco (ou di Canelli)
O Piemonte possui dois principais setores geográficos:
O setor conhecido como Monferrato fica a sudoeste de Torino, centrado nas cidades de Asti e Acqui, com história que remonta aos Romanos.
O setor do Langhe fica na província de Cuneo, ao sul do Monferrato, na parte sudeste do rio Tanaro, até a divisa com a Liguria.
No Monferrato e no Langhe as condições geológicas e climáticas apontam para a criação de vinhos de alta qualidade, tanto nos tintos Barolo, Barbaresco e Nebbiolo como nos brancos como o Asti (considerado injustamente sub-valorizado).
Desde as baixadas até a altitude de 250-300m está uma zona mais quente, favorável às variedades de ciclo longo (tardias) e com maiores necessidades térmicas: Barbera, Nebbiolo e também Grignolino. É a região dos tintos de guarda.
Nas encostas entre 300 e 400m de altitude, ocorrem maiores amplitudes térmicas e maior umidade, encontrando-se aí as variedades tintas e brancas mais frutadas e aromáticas: Moscato, Brachetto, Cortese e Favorita.
Nos pontos superiores, entre 450 e 650m de altitude, as amplitudes térmicas são notáveis, tanto na brotação quanto no final da estação, adaptando-se aqui as variedades Moscato, Brachetto e Dolcetto.
As sub-regiões do Piemonte diferem bastante entre si e possuem muitas DOC, aqui reunimos os elementos mais importantes para a compreensão dessa notável região.
MONFERRATO
É uma vasta região de colinas, que pode ser dividida em duas partes bem diferentes:
Basso Monferrato - (Raciocinar ao inverso) é a parte mais setentrional e de maiores altitudes, com a base pelos 350m e os picos em 700m, um território muito apropriado para os vinhedos. Aqui predominam a Barbera e a Grignolino, em vinhos macios e fáceis de beber se comparados aos demais tintos piemonteses. Em Chieri se produz um Freisa DOC.
DOC: Albugnano, Cisterna d´Asti, Colline Torinesi, Dolcetto d`Asti , Freisa di Chieri, Gabiano, Grignolino d`Asti, Grignolino del Monferrato, Malvasia di Casorzo d`Asti, Malvasia di Castelnuovo Don Bosco, Monferrato, Rubino di Cantavenna , Ruché di Castagnole Monferrato
DOCG: Barbera d`Asti, Barbera del Monferrato,
Alto Monferrato - Ainda raciocinando invertido, aqui estão altitudes menores, e curiosamente o terreno é mais acidentado, com encostas mais íngremes e vales mais profundos. Esta conformação estranha tem seu efeito na viticultura, inicialmente pelo plantio de Barbera e Moscato, seguido das uvas autóctones como a Cortese, que aqui tem sua melhor expressão, na DOCG Gavi. Em seguida vem a Dolcetto, com ótimos resultados no entorno de Acqui e Ovada ambas DOCs. A terceira menção é a Brachetto, muito difundida no passado mas hoje restrita a 50 hectares em Strevi. O Alto Monferrato costuma ser dividido em Monferrato Casalese e Monferrato Astigiano, por suas diferenças de território.
DOC: Dolcetto d`Acqui, Cortese Dell`Alto Monferrato, Dolcetto d`Alba, Loazzolo,
DOCG: Asti, Bracchetto d`Acqui (Acqui), Moscato dAsti, Gavi (Cortese di Gavi),
LANGHE
Tem seu principal centro vitícola em Alba, mas a fama mundial desta província veio de dois centros menores, Barolo e Barbaresco. É neste local que a Nebbiolo, já qualificada em outras sub-regiões, se exprime ao nível mais alto, nestes ícones italianos. Aqui também se produz o qualificado Moscato dAsti, os ótimos Nebbiolo, o Barbera dAlba e quatro Dolcettos, sendo o melhor o Dogliani. Para acolher os vinhos menos portentosos, mas muito bons, existe a DOC Langhe.
DOC: Barbera d`Alba, Dolcetto delle Langhe Monregalesi, Dolcetto di Dogliani, Dolcetto di Ovada, Dolcetto delle Langhe Monregalesi, Langhe, Nebbiolo d`Alba, Verduno Pelaverga (Verduno),
DOCG: Barbaresco, Barolo, Dolcetto delle Langhe Superiore, Dolcetto di Diano d`Alba (Diano dAlba), Dolcetto di Ovada Superiore (Ovada)
ROERO
É um distrito situado na margem oposta a Alba, tendo como centros Bra e Canale. Aqui também se planta Nebbiolo, mas as brancas Arneis e Favorita, que no passado eram usadas em cortes, hoje produzem ótimos varietais.
DOC: Roero e Roero Arneis
COLLINE ASTIGNIANE
Compreendem uma área de vinicultura de grande interesse, situadas entre Canelli e Nizza, onde se produzem Moscato d`Asti e Barbera d`Asti. Aqui se diz ter sido inventado o espumante, há mais de um século e que tem aqui seu maior centro produtivo.
COLLI TORTONESI
Estão entre o Alto Monferrato e o Pavese e possuem características ambientais e culturais típicas do Piemonte. As variedades principais são a Barbera eCortese, mas têm-se trabalhado outras uvas. Recentemente foi descoberta a variedade branca Timorasso.
DOC: Colli Tortonese
COLLI SALUZZESI
Engloba 9 comunidades em Cuneo nas colinas suaves vale do rio Po. Aqui se cultivam Barbera e Nebbiolo, e também as variedades Pelaverga e Quagliano, das quais se produzem varietais.
DOC: Colline Saluzzesi, Pinerolese
CAVANESE
Está na região a nordeste de Torino, com duas regiões vinícolas de importância:
A primeira está centrada no município de Caluso, se estendendo até as colinas de Ivrea. Aqui predomina a variedade autóctone branca Erbaluce, que produz um vinho passito tradicional e um branco delicado.
A segunda é a zona de Carema, com vinhedos em terraços com muros de pedra e pérgolas, cultivando a Nebbiolo.
DOC: Erbaluce di Caluso, Caluso Passito, Cavanese, Carema
COLLI NOVARESI e COLLI VERCELLOSI
Estão situadas a noroeste, perto do lago Maggiore, nas províncias de Biella, Novara e Vercelli, abrigando diversas DOCs, algumas de alto nível. A mais prestigiada é o Gattinara, tinto famoso desde a corte de Carlos V, que hoje foi elevada a DOCG, e também a DOC Ghemme.
DOC: Boca, Bramaterra , Colline Novaresi, Coste della Sesia, Fara, Lessona, Sizzano,
DOCG: Gattinara, Ghemme
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