A região vinícola da Puglia possui 37 denominações:

A delicadeza, a elegância e a intensidade gustativo-olfativa dos vinhos do Salento encontram-se agradavelmente nos pratos tipicamente mediterrânicos da cozinha apuliana.

Entradas como Orecchiette com grelos e Tiella de batata, arroz e mexilhões combinam perfeitamente com um Locorotondo Bianco fresco ou com um Minutolo do Valle dell`Itria ou Murgia Centrale, enquanto a sopa de peixe e o bacalhau com batatas assadas e as azeitonas são apreciadas agradavelmente com um Rosato del Salento bem estruturado.

Um prato típico da Puglia como a Carne Assada no Fogão, com inúmeras iguarias e especialidades como Gnumerieddi e Bombette, Salsicha de Ponta de Faca e Zampina, acompanha bem um Primitivo di Manduria ou uma Salice Salentino Rosso.

Cordeiro assado com batatas, lampascioni e cogumelos cardoncelli fica excelente com um Castel del Monte Nero di Troia Riserva.

Doces de pasta de amêndoa, Bocconotti, Sassanelli, figos secos de amêndoa e Cartelato acompanhados de um Moscato di Trani ou de um Doce Natural Primitivo di Manduria, tornarão o final da refeição agradavelmente doce.

O território da Puglia estende-se por aproximadamente 350 km. entre colinas e planícies, banhada pelos mares Adriático e Jônico.

As condições atmosféricas são caracterizadas pelo clima mediterrâneo com invernos pouco frios e pouco chuvosos e verões quentes e ventosos que favorecem o processo de maturação das uvas, saudáveis ​​e secas, ideais para a produção de vinhos estruturados e com boa intensidade de cor.

Os solos calcário-argilosos presentes no extremo norte, nas encostas do Gargano e no Tavoliere, e os solos calcário-arenosos mais a sul, ao longo da costa marítima, conferem aos vinhos caráter, fragrância e perfume, especialmente vinhos brancos, rosés e tintos jovens, obtidos das uvas Montepulciano, Uva di Troia e Sangiovese.

No planalto de Murge, que se estende até a Serre Salentine, o solo é constituído por solos calcário-argilosos e silicio-argilosos que conferem boa elegância aos vinhos brancos e rosés, e um excelente corpo com componentes minerais aos vinhos mais longevos nos tintos.

Na costa marítima e nas costas reduzidas do Murge, os solos tufáceos e arenosos são ideais para a produção do verdadeiro Moscato, enquanto as típicas Terras Vermelhas do Salento, compostas por solos calcário-argilosos, representam o ambiente ideal para o cultivo do da vinha Negroamaro e da mais versátil Primitivo, que neste tipo de solo produz vinhos mais estruturados, em solos aluviais vinhos mais polpudos, em solos tufáceos vinhos mais frescos e em solos arenosos vinhos menos encorpados, mas mais finos.

O cultivo da vinha na Puglia remonta à época fenícia, mas foram os romanos os primeiros a apreciar os seus vinhos, tanto que o Poeta Horácio os comparou ao Falerno, considerado na época o melhor dos vinhos em circulação.

Nos séculos seguintes outros testemunhos marcam a evolução histórica dos vinhos da Puglia até que o arquiinimigo dos vinhedos, a filoxera, levou ao extermínio quase total das vinhas.

Contudo, o desastre produtivo e econômico não foi totalmente negativo; a ocasião foi de fato propícia para fazer alterações qualitativas no sistema de produção, ou seja, reconstruir as vinhas, em parte seguindo a velha lógica de produção de vinhos de lote e, em parte, visando a qualidade com a introdução das uvas Negroamaro e Primitivo.

O sucesso foi tão grande e difundido que ainda hoje estas variedades representam a enologia da Puglia no mundo.